Visão Florentino

O Jogo Já Não Está Só na TV

Seu coração bate forte ao ver um gol? Isso não é só emoção — é conexão humana. Mas hoje, o futebol vai além da paixão: é tecnologia, dados e estratégia. Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, está liderando uma transformação que vai muito além dos gramados.

Imagine uma criança em Lagos assistindo ao vivo por um celular com tela rachada, compartilhando a única bateria disponível. Isso não é propaganda — é visão estratégica com propósito social.

Acesso Gratuito Não É Caridade

Dados reais: 73% dos torcedores globais vivem fora da Europa (FIFA 2023). Mas apenas 12% têm acesso contínuo às principais competições de clubes.

A Copa do Mundo de Clubes não é só um torneio — é infraestrutura. Com DAZN e FIFA, o Real Madrid está construindo a base digital para o futebol global verdadeiro.

E sim: transmissão gratuita gera audiência, dados e oportunidades futuras de monetização por anúncios direcionados.

É capitalismo com alma — onde impacto social e lucro caminham juntos.

A Máquina Oculta: Tecnologia Encontra Tradição

Como analista esportivo, vejo padrões históricos: invenção → adoção → institucionalização.

Estamos na fase dois: adoção de modelos digitais em todo o planeta.

DAZN já suportou 40 milhões de visualizações simultâneas em eventos como El Clásico. Agora imagine isso escalar para 180 países sob uma estrutura única?

Isso não é disruptivo — é evolução. E se você ainda pensa que isso ‘é só mais um torneio’, está perdendo a jogada maior.

Por Que Isso Importa Além dos Torcedores do Madrid?

Cresci jogando basquete no South Central LA, onde as quadras tinham luz de poste e paixão era moeda corrente. Conheço bem essa sensação quando um time vira sua tribo — mesmo sem bilhete ou assinatura.

Agora imagine essa energia se espalhar de São Paulo a Dhaka até Nairobi — com o Real Madrid como catalisador.

Essa criança que vê seu primeiro jogo ao vivo pela transmissão grátis? Pode virar treinador, comentarista… ou jogador — alguém que viu Zidane driblar três defensores num celular comprado no mercado negro em Lagos.

Não é ficção. É padrão reconhecido por décadas de estudos sobre desenvolvimento atlético mundial.

O verdadeiro questionamento não é se esse modelo funcionará — ele já funciona. Pergunta agora: estamos preparados para suas consequências?