Amorim e o Plano Pré-temporada

O Relógio Está Atrasado

É junho de 2024. O sol brilha sobre Old Trafford. E Ruben Amorim — novo treinador do Manchester United — já pensa como um estrategista em tempo de guerra. Seu objetivo? Ter todos os reforços contratados antes da equipe partir para os EUA.

Isso não é um capricho. É um sistema.

Amorim quer moldar seu elenco antes de pisar no gramado — não depois. Sua filosofia? Criar coesão desde o início, implantar táticas profundamente e evitar o caos da integração tardia.

Mas aqui está o problema: apenas uma negociação foi concluída — o atacante brasileiro Klaudio Cunha, do Wolves, por £62,5M. Isso não basta para reconstruir um clube com legado.

Porque a Pré-temporada Não É Só Treino

Deixe-me ser claro: isso não se trata de vencer o West Ham ou o Everton na Flórida.

Não — isso é sobre calibragem cultural.

Amorim construiu campeões no Sporting CP ao implantar seu sistema de pressão alta durante os treinos pré-temporada. Os jogadores não só aprenderam jogadas — viveram-nas.

A turnê nos EUA oferece três jogos contra times da Premier League — mas mais importante ainda: dá-lhe três semanas de controle absoluto sobre sua equipe.

Esse período? Insubstituível.

Sem ele, corre-se o risco de novos jogadores chegarem atrasados — desconhecendo gatilhos de pressão, forma defensiva ou até sinais manuais em cobranças de escanteio.

E essa desconexão arrasa qualquer impulso no começo da temporada.